{"id":316,"date":"2023-03-23T17:22:12","date_gmt":"2023-03-23T17:22:12","guid":{"rendered":"http:\/\/162.240.55.7\/~marinaandrade\/?p=316"},"modified":"2023-04-28T14:57:49","modified_gmt":"2023-04-28T14:57:49","slug":"adisciping-elit","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/marinaandrade.com.br\/2023\/03\/23\/adisciping-elit\/","title":{"rendered":"STJ: Mudan\u00e7a no regime de bens do casamento tem efeito retroativo"},"content":{"rendered":"\n
Para a 4\u00aa turma, se a retroatividade \u00e9 ben\u00e9fica para a coletividade, n\u00e3o prejudica terceiros e nem produz desequil\u00edbrio, deve ser admitida.<\/p>\n\n\n\n
A altera\u00e7\u00e3o do regime de bens do casamento produz efeitos retroativos – portanto, tem efic\u00e1cia “ex tunc”. O entendimento \u00e9 da 4\u00aa turma do STJ em decis\u00e3o proferida nesta ter\u00e7a-feira, 25.<\/p>\n\n\n\n
No caso em tela, um casal procurou a Justi\u00e7a pleiteando a modifica\u00e7\u00e3o do regime de bens da sociedade conjugal de separa\u00e7\u00e3o total para comunh\u00e3o universal. Para tanto, eles alegam que o regime n\u00e3o mais atende aos seus interesses, j\u00e1 que a rela\u00e7\u00e3o se consolidou e ambos constru\u00edram o patrim\u00f4nio juntos.<\/p>\n\n\n\n
Nas inst\u00e2ncias de origem, entendeu-se que a altera\u00e7\u00e3o do regime de bens deferida possui efic\u00e1cia a partir do tr\u00e2nsito em julgado, com efeitos “ex nunc”.<\/p>\n\n\n\n
Desta decis\u00e3o o casal recorreu ao STJ apontando viola\u00e7\u00e3o do art. 1.667 do C\u00f3digo Civil, bem como diverg\u00eancia jurisprudencial, argumentando que a modifica\u00e7\u00e3o do regime de bens deve produzir efeitos “ex tunc”.<\/p>\n\n\n\n
Assim, pedem o provimento do recurso especial, determinando-se que o regime da comunh\u00e3o universal de bens adotado pelas partes retroaja \u00e0 data do casamento, importando na “comunica\u00e7\u00e3o de todos os bens presentes e futuros dos c\u00f4njuges e suas d\u00edvidas passivas”.<\/p>\n\n\n\n
O pleito foi atendido pelo relator Raul Ara\u00fajo ao considerar que as partes estavam voluntariamente casadas no regime de separa\u00e7\u00e3o e, valendo-se da autonomia da vontade, pediram a altera\u00e7\u00e3o ap\u00f3s anos de conviv\u00eancia “certamente harm\u00f4nica e feliz” com o objetivo de ampliar a uni\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
Destacou, ainda, que a altera\u00e7\u00e3o para comunh\u00e3o universal dificilmente ter\u00e1 preju\u00edzo a terceiros, j\u00e1 que o casamento se fortalece com o novo regime adotado e todos os bens passam a ensejar penhora por eventuais credores.<\/p>\n\n\n\n
“N\u00e3o me parece que se queira adotar o regime universal sem a afeta\u00e7\u00e3o de todos os bens do casal”, pontuou.<\/p>\n\n\n\n
Segundo o relator, se a retroatividade \u00e9 ben\u00e9fica para a coletividade, n\u00e3o prejudica terceiros e nem produz desequil\u00edbrio, deve ser admitida.<\/p>\n\n\n\n
“N\u00e3o h\u00e1 porque o Estado-juiz criar embara\u00e7os a decis\u00e3o do casal se eles reconhecem que foi de esfor\u00e7o comum que constru\u00edram o patrim\u00f4nio.”<\/p>\n\n\n\n
Assim sendo, deu provimento ao recurso especial. A decis\u00e3o foi un\u00e2nime.<\/p>\n\n\n\n
Processo: REsp 1.671.422<\/p>\n\n\n\n
Fonte: Migalhas<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Para a 4\u00aa turma, se a retroatividade \u00e9 ben\u00e9fica para a coletividade, n\u00e3o prejudica terceiros e nem produz desequil\u00edbrio, deve ser admitida. A altera\u00e7\u00e3o do regime [\u2026]<\/span><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":385,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_joinchat":[],"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"class_list":["post-316","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-uncategorized"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/marinaandrade.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/316"}],"collection":[{"href":"https:\/\/marinaandrade.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/marinaandrade.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/marinaandrade.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/marinaandrade.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=316"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/marinaandrade.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/316\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/marinaandrade.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/385"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/marinaandrade.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=316"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/marinaandrade.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=316"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/marinaandrade.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=316"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}